Epigenética
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É possível alterar a minha pré-disposição de desenvolver doença genética?
Posso prevenir e evitar o diabetes ou câncer que acometeu meu familiar?
Mesmo que tenhamos herdado algum gene “não muito favorável”, em muitos casos, podemos influenciar através dos hábitos e estilo de vida a expressão desse gene e ‘ mudar’ nosso destino ao inserirmos em nossa dieta alimentos ricos em polifenóis e nucleotídeos que podem alterar a “expressão do gene”.
Na maioria das vezes pensamos em nosso “‘código genético”, como uma sequencia de DNA herdada de nossos pais e que irá sinalizar o nosso destino, porém essas doenças só irão se desenvolver se a pessoa estiver sujeita a outros fatores
Apesar das altas chances dos genes dessas e de outras doenças serem transmitidas de uma geração para outra, precauções podem ser tomadas a fim de evitar que tais doenças se manifestem. Por exemplo, um filho de pais hipertensos ou pais que tiveram câncer, terá a chance de desenvolver a doença multiplicada se ele for sedentário, fumante e tiver uma alimentação inadequada, porém, várias precauções podem ser tomadas a fim de evitar que tais doenças se manifestem.
Uma boa alimentação, exames preventivos, exercícios físicos, entre outros cuidados, podem ajudar na maioria dos casos. Mas, mais importante que nossos genes para determinar a saúde, é como iremos envelhecer, é como os genes interagem com a dieta e o estilo de vida neste caso chamamos de Epigenetica:
Alterações epigenéticas Pequenas modificações que ocorrem no DNA, influenciadas pela dieta, estilo de vida e fatores ambientais a que cada um é exposto. A mais comum dessas alterações, é uma adição de um grupo metila ao DNA (metilação) ou a proteínas, que compactam o DNA, às histonas.
Assim como a sequência de DNA, as alterações epigenéticas também podem ser transferidas ao longo das gerações. Mas ao contrário do “código genético”, as modificações epigenéticas são reversíveis e podem ser alteradas todos os dias ao longo da vida, dependendo das interações do indivíduo com o ambiente.
A visão dos alimentos devem ir além das proteínas, carboidratos e gorduras que nos fornecem energia e nutrientes. Os alimentos podem inibir, através do mecanismo epigenético, a manifestação de alguns genes que poderiam levar o indivíduo a desenvolver uma doença, por exemplo.
A ciência está começando a entender como essas alterações se relacionam com o desenvolvimento da obesidade. Já durante a gestação e lactação, mudanças epigenéticas podem alterar “a programação genética” provocando um desequilíbrio ao longo da vida entre a ingestão e o gasto energético.
Na vida adulta, esse desequilíbrio pode alimentar as chances do indivíduo desenvolver obesidade, síndrome metabólica e até mesmo diabetes tipo II.
Ter conhecimento de que temos uma herança genética, mas que ela não será o fator determinante da nossa saúde e bem estar é fundamental. Temos hoje a informação e o livre arbítrio e temos que ter a consciência que nossas escolhas hoje influenciam nossa saúde e gerações futuras.